Hidrogel fotoativo: tratamento da mastite em vacas

O hidrogel fotoativo reduz a contaminação nos tetos da vaca sem aumentar a resistência das bactérias nem deixar resíduos no leite

Hidrogel fotoativo: tratamento da mastite em vacas

Suscetível à contaminação por microrganismos, o leite de vaca deve ser produzido segundo as boas práticas sanitárias próprias da pecuária leiteira. A correta higienização e desinfecção dos tetos e do úbere das vacas leiteiras, bem como das superfícies da ordenhadeira, garantem não apenas a qualidade do leite como também a manutenção da boa saúde da glândula mamária da vaca. Entretanto, se houver qualquer descuido, pode surgir a mastite.

Pré e pós-dipping


Por esses motivos, o pecuarista realiza pré e pós-dipping para desinfetar os tetos da vaca antes e após a ordenha. Para isso, são utilizados antissépticos, como clorexidina e iodo, capazes de prevenir a mastite, tão prejudicial à qualidade e quantidade do leite. Sem falar que o produtor aumenta a vida de prateleira do leite e derivados, além de oferecer ao mercado produtos seguros, que não colocam a saúde do consumidor em risco.

Vale destacar que existem microrganismos comuns à mastite em vacas leiteiras, como o Staphylococcus aureus, responsável por produzir toxinas, que causam intoxicação alimentar nas pessos. Não podemos nos esquecer do Pseudomonas fluorescens, responsável por produzir enzimas, que causam a deterioração do leite de vaca. Daí a importância do pré e pós-dipping antes e após a ordenha.

Antibióticos convencionais


Quando a vaca apresenta mastite, o médico veterinário prescreve a aplicação intramuscular ou intramamária de antibióticos convencionais. Entretanto, muitas bactérias causadoras da mamite são altamente resistentes a esses medicamentos, principalmente quando utilizados com maior frequência. Além disso, esses fármacos deixam resíduos contaminantes no leite, o que inviabiliza o produto para a comercialização.

Hidrogel fotoativo


Pensando nesses problemas, os cientistas desenvolveram uma tecnologia, conhecida como IFDMO - Inativação Fotodinâmica de Microrganismos, capaz de reduzir a contaminação sem aumentar a resistência das bactérias nem deixar resíduos no leite. Trata-se de um fotossensibilizador ativado por uma luz quando na presença de oxigênio celular. Como resultado, as estruturas celulares dos microrganismos são danificadas matando-os.

A aplicação desse fotossensibilizados Safranina-O é realizada na forma de hidrogel fotoativo, que interrompe a ação dos microrganismos e reduz o número de células somáticas no leite. Sob baixas temperaturas, esse hidrogel é líquido, mas no momento em que ele entra em contato com a temperatura corporal da vaca, passa a apresentar alta viscosidade.

Com isso, o produto adere melhor na superfície do teto, o que potencializa a liberação do princípio ativo no local da aplicação. Sem falar que o risco de contaminação ambiental é significativamente reduzido.

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Fonte: Milkpoint

Por Andréa Oliveira

Andréa Oliveira 21-01-2021

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